Crise da abordagem da realidade

Crise na Abordagem da Realidade

Como pensar de maneira participativa, com o intuito de entender as sociedades como bem coletivo?

Partimos de uma abordagem clássica setorial para passar a compreender a visão integral da complexidade.

O modelo de desenvolvimento concentrado, baseado em ‘receitas fechadas’ gerou o esvaziamento da ruralidade, e, portanto, promoveu as grandes assimetrias sociais do século XX.

COMO É POSSÍVEL ENTENDER O FUNCIONAMENTO DAS SOCIEDADES DE MANEIRA INTEGRAL E INTEGRADA?

A ABORDAGEM NA MULTIESCALA

  • Pensar no contexto das relações globais (a estratégia de compreender o tecido global que afeta os fluxos econômicos e culturais de um mundo hipervinculado).
  • Projetar em termos de microrregião (entender que quando se projeta a cidade, deve-se realizar num contexto de sua inserção na região urbana em que se encontra).
  • Intervir no local (focalizar na intervenção da microescala possível, sempre, como parte de um processo integral de escalas diversas).

 

FORMAR PARCERIAS COM OS “CONHECEDORES” LOCAIS

  • A participação não se traduz em opiniões massificadas e descontextualizadas, pelo contrário, implica em trabalhar na comunidade com os que mais sabem de cada tema, em termos de alianças estratégicas para alcançar um planejamento efetivo.
  • A chave estará em mobilizar processos participativos de planejamento, no qual, os atores sociais sejam os protagonistas (em termos de transferência de informação e experiências) para se converter em verdadeiros coautores do projeto: a cidade entendida como sistema vivo contínuo de um planejamento inspirado no bem coletivo (conceito articulador de interesses de uma sociedade).

Coautoria Social

As cidades são sistemas vivos e abertos de constante transformação ecossistêmica. Portanto, os processos de planejamento devem ser construídos a partir de enfoques metodológicos que potencializem as alianças entre os atores essenciais de uma sociedade (poder público e sociedade organizada).

Por essa razão, trata-se de um processo criativo permanente, que objetiva a transformação benéfica e equitativa dos territórios, e, portanto, de suas sociedades.

O que não significa que, partindo dessa hipótese, as comunidades passem a cumprir o papel exclusivo de planejar seus lugares de maneira autônoma. Cada um cumpre um papel necessário, ou seja, que a sabedoria popular deve ser complementada com os outros saberes, sejam estes, os técnico-profissionais, como econômicos ou os vinculados com a administração da realidade local.

Em resumo, a iniciativa é e corresponde àqueles que têm capacidade para produzir a realidade de cada lugar.

O conceito clássico de atuar se transforma, desta maneira, num ato de criação permanente e contínua, no qual, trata-se de um processo conjunto de articulação de saberes múltiplos, em prol de encontrar as respostas inspiradas em priorizar o bem coletivo nas cidades e sociedades.

Tudo isso implica em passar de meras ações de participação clássica nos processos de lideranças conscientes, no qual, esses diferentes atores sociais da sociedade se traduzem em COAUTORES da iniciativa cidadã, a partir de cada um desses saberes transcendentais que eles representam.

Essa mudança estratégica é a que pode garantir a sustentabilidade dos processos no percurso do tempo, independente das oscilações políticas, e até do próprio trabalho profissional-técnico daqueles que orientam nas questões de conteúdos próprios de cada caso.

Uma nova forma de senti-pensar e atuar, a partir de um diálogo de saberes, construindo com base nas diferenças, e priorizando o bem coletivo nas sociedades.

SG Cultura Consciente Cidadã

Os próprios processos promovidos pela SG, ou também, naqueles em que dita organização participou, em parceria com outras empresas, são fiéis reflexos deste trabalho de coparticipação e construção conjunta criativa que tem a finalidade de consolidar um estado de coautoria para o desenvolvimento das sociedades.

A comunidade organizada como coautora na gestão do destino de uma cidade

A possibilidade de um processo contínuo e participativo nas decisões estratégicas para um território

(um modelo – guia – matriz - ou agenda aberta de retroalimentação permanente)

A garantia de corresponsabilidade e empoderamento social nos processos criativos no tempo para a tomada de decisões para as políticas públicas