A pandemia é um tema latente e de constante preocupação para todo e qualquer pessoa que conviva este cenário. Buscando sempre sanar estas preocupações, a SG já buscou trazer a jovens para questionarem e debaterem sobre o presente pandêmico e o futuro incerto com espertos da área, conversa que recomendamos assistir, se você se interessa por estas temáticas ou comparte das dúvidas destes jovens cidadãos.
Agora, nesta última sexta-feira (11/12/2020), um novo ciclo de conversas chegou até o fim, trazendo neste caso uma reflexão sobre como serão as comunidades neste novo cenário, tratando debatedores de diversas áreas do nosso continente e além, e das diversas áreas do conhecimento, tendo a presença de espertos em diversas áreas como urbanismo, economia, turismo, filosofia, entre outros.
Por que falar sobre as cidades?
O SARS-CoV-2 significou mudança: mudança na organização do nosso dia a dia, mudança no significado do tempo, mudança nas economias e estruturação da política global e, por que não, mudança no local onde 55% da população mundial vive (2019)? A pandemia alterou completamente o modo de se viver em comunidade; desde os períodos helénicos clássicos os pensadores estudavam a vida em sociedade. Aristóteles, por exemplo, mais de 2200 anos atras já dizia que “o homem é um animal político”, com isto ele queria nos dizer que o ser humano, visto a sua natureza imperfeita e deficitária, precisava de seus iguais para sua sobrevivência e completude, ou seja, ele tem uma tendência a criar tribos, vilas, agrupamentos e cidades finalmente, pólis no grego antigo, desta forma, naturalmente “polí-tico.”
Entendida a tendência à sociabilidade, o vírus simbolizou uma quebra total desta tendência e assim, ao “monumento” a ela: as cidades. A movimentação, lazer, trabalho, comércio etc. foram restritos para evitar uma ameaça biológica, o bem comum foi e é o estandarte para esta mudança. Portanto, se o ambiente urbano se tornou um ambiente perigoso e arriscado de forma irracional, pois o vírus não é uma ameaça advinda da violência racional e direta como um assalto, por exemplo; este ambiente precisa de uma completa adaptação, adaptação esta que já estava em discussão há décadas por estudiosos da área, incluídos nós da SG, que há anos, seja separados ou juntos, avisávamos da necessidade de uma cidade mais resiliente e preparada para mudanças.
Logo, esta resiliência precisa de cidades inteligentes e adaptadas para riscos e oportunidades eminentes, que se tornarão cada vez mais comuns nos anos advindos, pois, embora mais cedo ou mais tarde esta pandemia irá acabar, cicatrizes socioculturais ficarão na população destes polos. Para isto trouxemos alguns cidadãos do mundo para discutir sobre este assunto, trazendo perspectivas e ideais da nossa querida América Latina e Península Ibérica, nossa grande comunidade iberófona, que, embora distantes em alguns casos geograficamente, compartilhamos os mesmos problemas e esperanças com relação às cidades e futuro.
Os convidados
Assim, nesta longa série de conversas, trouxemos ao todo 9 personalidades, que trouxe as respostas e inclusive mais dúvidas advindas da sua área, criando debates construtivos e extremamente interessantes e fundamentais para estar preparado para este novo cenário. Duas destas figuras (Adriana Valenzuela e Geraldine Pachano) acabaram apenas participando das conversas com relação aos jovens (assunto que reiteramos ter sido completamente produtivo para estas novas gerações, tendo disponibilizado estas conversas no nosso canal de YouTube).
Os outros 7 convidados nos trouxeram 7 temáticas diferentes, algumas interconectadas, visto que estão todas na mesma esfera urbana e territorial. Trazemos aqui as temáticas e convidados:
A conversa já está disponível na íntegra no nosso canal de YouTube, com os links embaixo, acompanhe-nos e siga nossas redes sociais para ver nossos novos projetos! Desde já obrigado a todos os convidados por nos ceder seu tempo!
Bibliografia
Urbanization- Our World in Data
ARISTÓTELES, “Política”, aprox. 350 a.C.